14 jun Tecnologia e novas práticas mudarão profissões nos próximos cinco anos
O que hoje consideramos habilidades de trabalho podem ter novos significados nos próximos anos. Aquilo que víamos em um futuro distante de uma tecnologia protagonista está aí, sendo impulsionada por fatores sociais, ambientais, econômicos e políticos.
Segundo o estudo Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral, 23% das ocupações devem se modificar até 2027.
E isso significa que o que temíamos vai acontecer: muitos cargos vão ser eliminados com a adoção das novas tecnologias, o aumento do custo de vida, a desaceleração do crescimento econômico e tensões geopolíticas; mas, milhares de outros virão também a partir dos novos cenários tecnológicos, mas também os estratégicos e com a transição verde dos negócios – o meio ambiente pede!
Em números, em uma base de dados que analisa 673 milhões de empregos, há a expectativa de 69 milhões de postos criados e 83 milhões de postos eliminados. Isso corresponde a uma redução líquida de 14 milhões de postos de trabalho, ou 2% do emprego atual.
Na prática, os principais postos de trabalho que devem desaparecer são:
- Caixas de banco e funcionários relacionados,
- Funcionários dos Correios,
- Caixas e cobradores
- Escriturários de entrada de dados,
- Secretários administrativos e executivos
- Assistentes de registro de produtos e estoque
- Escriturários de contabilidade
- Legisladores e oficiais judiciários
- Atendentes estatísticos, financeiros e de seguros
- Vendedores de porta em porta, ambulantes e trabalhadores relacionados
Os novos postos de trabalho gerados que vão se destacar, são:
- Especialistas em IA e aprendizagem de máquina;
- Especialista em sustentabilidade;
- Analista em Inteligência de negócios;
- Analista de Segurança da Informação;
- Engenharia de Fintechs;
- Cientistas e analistas de dados;
- Engenharia de robótica;
- Especialista em Big Data;
- Operadores de equipamentos agrícolas;
- Especialistas em transformação digital.
Por fim, as principais habilidades exigidas no mercado de trabalho também serao modificadas junto aos novos postos de trabalho. Segundo o estudo, 44% das habilidades dos trabalhadores serão alteradas nos próximos cinco anos.
O foco à somar as atuais habilidades são:
– Inteligência artificial e Big Data;
– Pensamento criativo;
– Resiliência, Flexibilidade e agilidade
– Pensamento analítico.
O que já é uma realidade e se estenderá para até 60% da atual força de trabalho, é a necessidade de treinamento para atender às novas demandas, mas apenas metade tem ou terá acesso a uma capacitação adequada.
Vale ressaltar que o Brasil possui cerca de 136 milhões de pessoas economicamente ativas, mas apenas 17% da força de trabalho possui um diploma de educação de nível superior ou vocacional. A taxa de desemprego se encontra no patamar de 10%, enquanto 23% dos jovens não trabalham nem estudam – e a desocupação atinge principalmente pessoas com apenas educação básica.